A mostra audiovisual traz conteúdos criados especialmente para este espaço neste período de isolamento social. E vem com o desejo de conduzir o visitante pelas diversas temáticas enveredadas a partir desta cultura alimentar muito ligada ao nosso passado e garantia de futuro. Só existe por meio da colaboração de diversos mandioqueiros e mandioqueiras, entidades, artistas, comunidades que compartilham seus acervos, imagens, vozes e sons. Pretende também homenagear farinheiros e farinheiras que sustentam este patrimônio cultural e alimentar através dos séculos,  e em especial as comunidades que fazem parte da rede Slow Food Brasil e os membros do GT Mandioca. 

Pedro Martinelli é fotógrafo e fotojornalista há mais de 30 anos. Fotografou o contato com os índios Panara (“indios gigantes”) entre 1970-1973.Participou de importantes exposições coletivas, entre as quais S.P. 76 (Museu de Arte São Paulo, 1976); I Trienal de Fotografia (Museu de Arte Moderna, São Paulo, 1980); Centro Cultural São Paulo (1985); 100 Anos de Avenida Paulista, (MASP, 1991); I e II Bienal lnternacional de Fotografia de Curitiba (1996 e 1998). A Saga dos Panara – Field Museum/Chicago(2003) Recebeu Bolsa da Fundação Vitae (1996). Ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria Informação Científica, Tecnológica e Ecológica (1996) e diversos Prêmios Abril de Jornalismo. 

Galeria Mulheres da Amazônia 

Fotos sequência do feitio de beiju em casas de farinha comunitárias a amazônia, onde cada família tem um dia para produzir a farinha e o beiju da semana. A partir de andanças por diferentes regiões da Amazônia nos estados do Acre, Amazonas e Pará, o fotógrafo Pedro Martinelli retratou a vida como ela é na maior floresta tropical do mundo, tendo como preocupação fundamental revelar a singularidade de seus habitantes, as mulheres nesse caso, e seu cotidiano. Imagens do livro Mulheres da Amazônia, publicadas pelo artista em 2003. 

Nascido e criado na Amazônia, Rao Godinho começou cedo seu interesse por fotografia viajando nas imagens do conterrâneo Luiz Braga. Aquela inquietação, aquele desejo de ver além do olhar deram início às inspirações e experimentações que trouxeram, em 2011, o início da carreira fotográfica. Movido por divulgar a cultura e a humanidade amazônicas, vem conquistando seu espaço no mundo da arte, inclusive com prêmios e exposições nacionais e internacionais

Galeria “Lá onde mora o paneiro..” 

Ensaio onde Rao Godinho acompanha a produção da famosa Farinha Bragantina com o mestre Seu Bené entre paneiros, tipitis e tachos de onde saltam as delícias da mandioca e as belezas da cultura amazônica paraense. 

Realizadora, fotógrafa, documentarista, artista visual e midiativista, Sandra Alves envolve-se no processo completo da realização dos projetos atuando em diferentes departamentos, da concepção, criação, direção, fotografia e roteiro à montagem, produção e finalização das obras. Idealizadora e diretora da Vagaluzes Filmes e da Imagem.desejo filmes

Galeria “Rede de Engenhos”

Sandra vive na ilha de Santa Catarina onde seus ancestrais criaram a tradição dos Engenhos de Farinha de Mandioca. Desde 2014 passou a colaborar na mobilização #EngenhoéPatrimônio realizada pela Rede Catarinense de Engenhos de Farinha usando da força de seu olhar e arte para documentar e sensibilizar para a  importância deste complexo cultural como patrimônio material, imaterial e segurança alimentar do Brasil. As fotografias retratam mestras, mestres e lideranças desta articulação em suas farinhadas nos municípios de Florianópolis, Angelina, Palhoça e Imbituba. 

Fotógrafo especializado em arte gastronomia. 

Galeria Farinhas

A rainha do Brasil está em foco e posa para Sérgio Coimbra em seu StudioSC revelando suas  versatilidades gastronômicas, das farinhas à nudez da raiz. 

Arumi Figueiredo é jornalista e desde 2012 atua como fotógrafa de casamentos e famílias. É casada, mãe de um menino de seis anos. Foi ainda na faculdade que descobriu a paixão pela fotografia nas aulas de fotojornalismo. 

Galeria Colônia Pulador

As fotos retratam o processo de produção da farinha de mandioca artesanal da comunidade de Colônia do  Pulador, em Anastácio (MS). Esta tradição que acompanha e dá sustento à família do Seu Aristeu dos Santos há mais de 60 anos. A casa de de farinha foi construída nos moldes da primeira, uma herança de pai para filho que atravessa gerações.

Lucy Anunciação vem fotografando os trabalhadores rurais da Bahia e marisqueiras e pescadores do Recôncavo baiano desde 2001. Ela sempre gostou de pesquisar a imagem do campo e registar os trabalhadores inspirada por seu pai, que foi um grande produtor de abacaxi de Irará, cidade onde ela nasceu. Ela se emociona sempre ao lembrar da sua infância, onde desejava registar os momentos, mas só tinha uma câmara fotográfica analógica, que era da sua irmã mais velha. Após ter trabalhado com turismo e produção cultural, Lucy fez curso de fotografia na Fundação Pierre Verger. A partir daí, não parou mais de fotografar, e foi buscando suas origens no interior, sempre focada onde tudo começou. Lucy é também realizadora cultural e promove eventos de valorização da cultura alimentar no interior da Bahia. 

Galeria Irará Farinheira

Lucy circula com seu olhar profundo e foto p&b em farinhadas familiares e comunitárias que ocorrem em diversas localidades do município de Irará na Bahia, como Candeal Mora, Baixinha, Brotas ,Sobradinho e Quebra Fogo. Retrata também o trabalho de mulheres na roça para garantir o sustento e a tradição em meio a este período de crises sistêmicas agudizado pela pandemia de 2019. 

Fotógrafo desde 2002, André Dib especializou-se em fotografia documental, produzindo conteúdo não apenas para as principais revistas e jornais do país como também do exterior. Participou de diversas expedições pelo mundo a fim de documentar paisagens, fauna e flora, bem como registrar o modo de vida de povos e comunidades tradicionais. Entre ensaios e reportagens, teve trabalhos publicados nas conceituadas National Geographic Brasil, The Guardian, Explore, O Globo, Folha de São Paulo, entre outros.Desenvolveu projetos que se materializaram em livros, tais como Parques Nacionais Brasileiros, SerTão Kalunga e Chapada dos Veadeiros.Ganhou 15 prêmios no Brasil e no exterior, dentre eles, 2 prêmios da Funarte (Fundação Nacional de Artes); Energy Saving, em Zurique, na Suíça; Concurso Latino Americano de Fotografia; Troféu Corcovado e Prêmio HSBC de jornalismo.

Galeria SerTão Kalunga

Fotografias que compõem o livro SerTão Kalunga, publicado em 2018 e fruto de dez anos de um delicado trabalho junto ao povo Kalunga da Chapada dos Veadeiros. “Trabalho minucioso, feito com a paixão de quem já percorreu grandes distâncias com passo firme e discreto, viu gentes e relevos, ouviu lendas e mitos não menos apaixonantes. Tal é a razão para André Dib trazer em sua lente uma rara marca de alteridade: candeia que nos toma pelas mãos e nos conduz através de um fascinante território que parece estar suspenso no tempo e no espaço. Contudo, trata-se de um legítimo e pouco reconhecido patrimônio cultural cravado há muito no coração do Brasil, cujas longínquas matrizes em África ganham vida e substância nesse novo e já indispensável Sertão Kalunga” (Adilson Fernando Franzin – doutorando em literatura Sourbonne/USP-, apresentação do livro)

André Fofano, soteropolitano, começou a se dedicar profissionalmente à fotografia em 2009.A partir de 2013, documentando expedições que visavam conhecer a fundo a produção agrícola familiar, passou a se debruçar sobre as ricas histórias dos biomas baianos.Seu interesse sincero resulta  em registros fiéis da simplicidade e da força, marcas das relações harmônicas entre homens e mulheres e o diverso ambiente da Bahia.”

Galeria Serra da Copioba e Quilombo Tereré

Com seu olhar detalhado e ambientado nas Casas de Farinha do interior de seu estado, a Bahia, Fofano mergulha fundo nas etapas do feitio de duas farinhas de mandioca nas comunidades de Quilomno do Tereré e São Felipe na Serra da Copioba. A produção destas farinhas e os saberes tradicionais envolvidos possuem processos peculiares porém uma identidade cultural em permanente diálogo entre comunidades tradicionais e agricultura familiar do Estado da Bahia.

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