A abertura do esperado Terra Madre Brasil 2020, que volta a acontecer no país depois de 10 anos, conta com a presença de importantes atores do movimento Slow Food:
Carlo Petrini – fundador e presidente internacional do Slow Food, jornalista e autor de diversos livros. Sempre defendeu um sistema alimentar bom, limpo e justo para todos e em 1989, com mais de 20 delegados do mundo inteiro, assinou o Manifesto Slow Food. Em 2004 o Carlo Petrini fez parte da criação do Terra Madre e mesmo ano participou da criação da Universidade de Ciências Gastronômicas, na Itália, a primeira instituição acadêmica que oferece uma abordagem interdisciplinar dos estudos alimentares. Em 2013 o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente o nomeou co-vencedor do prêmio Campeão da Terra, por sua “inspiração e ação”; em 2015 escreveu o guia de leitura para a encíclica de Papa Francisco “Laudato Si”; e em 2016 recebeu o seu reconhecimento como Embaixador Especial da FAO na Europa para a Estratégia Fome Zero, pela FAO.
Georges Schnyder – Presidente da Associação Slow Food do Brasil e membro do Comitê Executivo do Slow Food Internacional. Engenheiro de produção por formação, atuou na área de Desenvolvimento Sustentável, com o projeto pioneiro de manejo e industrialização de polpa de açaí e palmito na Ilha do Marajó, envolvendo as comunidades ribeirinhas. É diretor executivo do Mundo MESA e da revista Prazeres da Mesa, sócio-fundador do Instituto ATÁ e conselheiro da Gastromotiva. Acredita em compartilhar conhecimento e experiências e num futuro melhor para o planeta através da luta por um alimento bom, limpo e justo para todos.
Wilson Dias – Baiano, engenheiro agrônomo e mestre em Desenvolvimento Territorial. Trabalhou durante muitos anos em organizações da sociedade civil que atuam com iniciativas de inclusão produtiva e de convivência com o semi-árido. Fez parte da equipe da Secretaria de Desenvolvimento Territorial do então MDA no primeiro mandato do Presidente Lula. Foi Superintendente de Agricultura Familiar da Bahia entre 2010 e 2014. Desde 2015 é Diretor Presidente da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR.
Dionete Figueiredo – Agricultora, coordenadora da Cooperativa de Agricultura Familiar Sustentável com Base na Economia Solidária (COPABASE), que congrega extrativistas e agricultores familiares da região noroeste de MG, integrante da Fortaleza do Baru Urucuia Grande Sertão.
Bela Gil – mestra em Ciências Gastronômicas, formada em Nutrição, chef de cozinha natural, escritora e apresentadora. É vice-presidente do recém-criado Instituto Brasil Orgânico (IBO). Defensora do consumo consciente, da comida de verdade, da agricultura familiar, da produção orgânica e de base agroecológica.
Nesta conversa, representantes de diferentes instituições trarão olhares sobre o patrimônio cultural alimentar em suas diversas dimensões que vão de sistemas agrícolas tradicionais à cozinhas regionais. Os participantes irão apresentar possibilidades e instrumentos de inventário, registro e salvaguarda dos patrimônios culturais relacionados à alimentação e suas expressões culturais associadas. Será uma oportunidade para reflexão do papel do Estado e da sociedade civil para a promoção da gestão compartilhada de bens culturais ligados à história e memória alimentar do Brasil.
Debora Santiago – Auditora fiscal federal agropecuária, médica veterinária, coordenadora de Indicação Geográfica de produtos agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Marcos Rabelo – Graduado em História e Mestre em História da Arte pela Unicamp. Trabalha desde 2006 em instituições do Setor Público dedicadas à preservação do patrimônio cultural brasileiro. Está atualmente na Superintendência do IPHAN em São Paulo, onde cuida de ações relacionadas à salvaguarda do patrimônio imaterial e atividades relacionadas ao desenvolvimento e à difusão da política brasileira de patrimônio cultural.
Marcello Broggio – Agrônomo italiano nascido em Roma (Itália) e ativo há 17 anos no Brasil depois de várias experiências de pesquisa (controle de pragas, biotecnologias para resistência em cultivos alimentícios) e de cooperação técnica internacional, há 12 anos trabalha na FAO como coordenador de projetos nas áreas ambientais e recursos naturais. Desde 2013 acompanha o tema de sistemas agrícolas tradicionais e acompanhou de perto o primeiro GIAHS brasileiro.
Thalita Kalix (moderação) – Apaixonada por alimentação e suas implicações sociais, é doutoranda em antropologia pela Universitat Rovira i Virgili (Espanha), mestre em Turismo pela Universidade de Brasília (UnB), jornalista pela mesma universidade e cozinheira. Pesquisa a cultura alimentar como patrimônio, seus inventários e papel das organizações da sociedade civil na salvaguarda desses bens. Foca no Brasil e na Alemanha. É ativista do Slow Food desde 2013.
Num mundo cada vez mais comoditizado, fica evidente a necessidade de se pontuar e valorizar a cultura alimentar como expressão identitária de diferentes povos e da relação com seu território. Nessa conversa, atores de diferentes segmentos da sociedade vão debater caminhos para garantir e perpetuar as culturas alimentares brasileiras a partir de suas experiências e olhares.
Tainá Marajoara – carrega a ancestralidade do povo originário Aruã Marajoara. É cozinheira, realizadora cultural e fundadora do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá. Liderança da Rede de Cultura Alimentar para a conquista do reconhecimento da cultura alimentar como expressão cultural brasileira a partir da construção do conceito de Cultura Alimentar. É pesquisadora membro do Núcleo de Estudos em História Oral da USP, e membro da Latin American Studies Association. Sua atuação é voltada para a salvaguarda do patrimônio cultural alimentar da Amazônia paraense, cartografias de identificação e valorização de mestres e mestres de saberes alimentares tradicionais, de modo a compreender o alimento como laços memoriais de transmissão de conhecimentos para manutenção das práticas culturais para gerações futuras.
Célio Turino – Historiador, escritor. Caminha por aí, semeando as ideais da Cultura Viva e do Bem Viver. Foi criador do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura, que marcou uma mudança de paradigma na elaboração de políticas públicas para a Cultura no Brasil e viabilizou a criação dos Pontos de Cultura.
Mariana Gontijo – Cozinheira empreendedora do Roça Grande e do TACHO Centro de Cultura Alimentar. Membro da Comunidade Slow Food Beagá e ativista pela cultura alimentar mineira, caipira e pela valorização da mulher e seu conhecimento ancestral na cozinha profissional.
Lina Luz (moderação) – Graduada em História pela Universidade Federal do Ceará, técnica em Gastronomia pela Escola de Hotelaria e Turismo de São Paulo. Especialista em Gestão Cultural pela Fundação Joaquim Nabuco e Universidade Federal da Bahia. Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual do Ceará. Coordenadora de Cultura Alimentar na Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco/Instituto Dragão do Mar.
A arte de transformar poesia em protesto, de forma leve e descontraída, faz de Chico César um dos grandes letristas do Brasil. A mistura de estilos musicais que vão do rock ao forró, passando por afrobeat, reggae, funk, folk e brega não negam a versatilidade do cantautor, que circula em muitas tribos. “Pedrada” é o atual hino das festas virtuais que celebram a cultura brasileira. “De Peito Aberto” (feat. Agnes Nunes) é um acalanto para as mulheres. “Inumeráveis” é a canção que dá nome às vítimas do covid-19. Essas músicas e muitas outras outras, serão entoadas nessa apresentação. Entram ainda canções inéditas compostas no período da quarentena e hits imortais como “Mama África” e “À Primeira Vista”, de seu primeiro disco, Aos Vivos, que completa 25 anos.
Chico César – Compositor, cantor, jornalista e escritor, Chico nasceu em Catolé do Rocha, interior da Paraíba. Sua obra condensa o infinito cordão umbilical que o une às suas raízes e explicita a irreverência, a criatividade e a poética, características de sua trajetória.
Autor de sucessos consagrados pelo público, como "Mama África" e "À Primeira Vista", o paraibano tem nove álbuns lançados, sendo o último deles O Amor é um Ato Revolucionário, em 2019.
Vamos brincar com os sentidos? Isso é o que o Grupo de Educação do Slow Food Brasil mais gosta de fazer! E agora convida crianças, jovens e adultos para brincar à distância, provocar seus sentidos e a nossa relação com os alimentos.
Fulvio Iermano – Graduou-se em Ciência Política na Universidade L’Orientale de Nápoles (Itália - 2004). Graduou-se em Geografia no Claretiano Rede de Ensino de Batatais/SP (2015), com Especialização em Segurança Alimentar e Nutricional na Unesp – Botucatu (2017). Fundador e educador no espaço pedagógico Slow Chácara em Batatais/SP. É sócio da Associação Slow Food no Brasil e membro do Grupo de Trabalho Slow Food Brasil Educação. Desenvolve projetos de EAN - Educação Alimentar e Nutricional com abordagem Slow Food nas escolas da rede pública e particular da região de Ribeirão Preto/SP.
Claudia Mattos – Ajuda pessoas a se alimentarem de forma holística para se perceberem como ser completo. Chef de cozinha e terapeuta. É proprietária do ESPAÇO ZYM em São Paulo. Atua como professora de Ecogastronomia na escola Schumacher Brasil, no movimento Slow Food e outras instituições. É cocriadora da Unidivesidade das Kebradas, uma iniciativa de trocas de experiências e aprendizados práticos entre comunidades.
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Aula de cozinha utilizando alimentos da sociobiodiversidade do bioma Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, cujo nome vem do tupi (mata branca).
Umbu, maracujá da caatinga, farinha de mandioca e queijo meia-cura baiano, mas principalmente as raças nativas de caprinos e ovinos, e as técnicas de conservação ligadas à manta de bode são o foco da oficina. Nela, a cozinheira Bruna Moreira, nascida no interior da Bahia na região do semiárido, demonstra como preparar sua manta de bode, pirão de leite cremoso e vinagrete de milho verde. Em seguida, participa de uma conversa com Denise Cardoso, originária de comunidade tradicional de Fundo de Pasto de Caladinho, interior de Curaçá, Bahia, hoje presidenta da Cooperativa Coopercuc, que integra as Fortalezas do Umbu e do Maracujá da Caatinga, com a mediação do pesquisador Marcelo Terça-Nada. A atividade acontece online e proporciona uma oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar do semiárido brasileiro.
Bruna Moreira – Do Interior da Bahia na região do semiárido, Bruna é formada em Gastronomia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Apaixonada por salga, cura e fogo, é especialista na arte da conservação e no desenvolvimento de produtos cárneos. A artesã de carne tem a missão de divulgar o sertão e a charcutaria nordestina por meio de seu trabalho desenvolvendo produtos com animais de raças nativas, principalmente caprinos, ovinos e suínos.
Denise Cardoso – Nascida e criada em Caladinho, comunidade tradicional do segmento Fundo Pasto, no município de Curaçá, na Bahia, Denise é bacharel em Administração pela Universidade de Uberaba (Uniube). Filha de agricultores familiares, a jovem presidente da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), viaja o mundo para divulgar os produtos da agricultura familiar da Caatinga. Já passou pela Itália, Alemanha, Uruguai e outros países apresentando os derivados do umbu e do maracujá-da-caatinga, carros-chefes da produção da cooperativa.
Marcelo Terça-Nada (moderação) – Pesquisador das culturas alimentares, sociobiodiversidade e gastronomia. Marcelo é membro-fundador da Associação Slow Food Brasil e atua como editor independente e palestrante. Desde 2012 é colaborador na organização do Seminário do Museu da Gastronomia Baiana do Senac Pelourinho. É coautor do livro “Guia afetivo da comida de rua de Salvador” e do cartaz “Cozinhar é um ato revolucionário”.
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Comunidades que Sustentam a Agricultura e Slow Food Brasil se unem nessa roda de conversa para compartilhar suas estratégias de fortalecer e valorizar uma cadeia produtiva em que os produtores e os consumidores caminham juntos, sendo ambos responsáveis por fomentar produção e consumo de alimentos saudáveis que respeitam os ciclos naturais e o trabalho do produtor.
Wagner Santos – administrador, ativista na CSA, membro e consultor da CSA Brasil, coagricultor na CSA de Bauru.
Claudia Vivacqua – Ativista Social à 30 anos e co-fundadora do impulso das CSAs no Brasil. Uma das fundadoras e docente dos cursos de formação de CSA desde 2014. Articuladora no fomento e apoio às iniciativas de CSA no Brasil desde 2010.
Thiago Avelaneda – Em 2017, abandonou sua vida na capital paulista para viver no sítio em Monteiro Lobato, na Serra da Mantiqueira. Trabalho com os princípios da agroecologia, cultivando sistemas agroflorestais a fim de recuperar a biodiversidade do solo e com isso produzir alimentos vivos.
Rafael Coimbra – No interior de São Paulo, Rafael começou a cultivar alimento para seu próprio consumo, se tornou produtor orgânico. Encontrou na CSA uma forma de tornar o alimento orgânico mais acessível, é uma forma sustentável de pensar em de toda a cadeia de produção, do plantio a distribuição e que valoriza o agricultor.
Nane Sampaio (moderação) – Pesquisadora e diretora de relações institucionais no Instituto IPAH. Comunicadora social e articuladora na Rede Bem Viver, Rede CSA Bahia e Slow Food Salvador.
A atividade objetiva apresentar alternativas no modelo de compras públicas da Alimentação Escolar, beneficiando comunidades tradicionais e povos indígenas com o oferecimento de alimentos locais e que fazem parte dos seus costumes, por meio da dispensa de regularização sanitária. Assim, busca replicar modelo desenvolvido no estado do Amazonas com povos indígenas, com apoio do Ministério Público e os órgãos de regulação sanitária do estado e federal, Funai e com a participação efetiva de organizações sociais. Esperamos contar com atores importantes tais como operadores do PNAE nos estados, Ministério Público estaduais, gestores das secretarias estaduais de agricultura e educação e organizações comunitárias.
Fernando Soave – Procurador da República - Ministério Público Federal/Amazonas e Coordenador da Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (Catrapoa)
Leís Batista – Diretor do Departamento de Suprimento e Logística da Secretaria de Educação de Manaus (Semed) e Assessor de cooperação técnica Semed/Secretaria Estadual de Educação do Amazonas
Cenaide Pastor Marques Lima – Representante da Associação Indígena da Etnia Tuyuka Moradores de São Gabriel da Cachoeira – AIETUM/SGC
Márcio Menezes (moderação) – Márcio Menezes, Engenheiro Agrônomo, Consultor Independente, Coordenador da Rede Maniva de Agroecologia (REMA) no Amazonas e Assessor Técnico da Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas (CATRAPOA).
O reflexo das crises socioambientais na qualidade de vida e na segurança alimentar da população se agrava com a pandemia, evidenciando a necessidade de novos pactos intersetoriais. Os participantes dessa conversa trarão reflexões e perspectivas no combate à fome e à má alimentação diante de um mundo em mudança.
Ligia Amparo – Professora da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia, Doutora em Ciências Sociais, com concentração em Antropologia, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação e Cultura – NEPAC/UFBA
Patrícia Gentil – Nutricionista e Mestre em Nutrição. Atuante na formulação de políticas públicas na área de Segurança Alimentar e Nutricional e Direito Humano à Alimentação Adequado. Responsável em implantar o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) no Brasil. Atualmente Consultora do Instituto de Defesa do Consumidor no Programa de Alimentação Saudável e Sustentável.
Valéria Paschoal – Nutricionista Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional, Mestre em Pediatria pela UNIFESP, Nutricionista da CSA Brasil e do Angico de Cerrado, membro da rede Slow Food Brasil e do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF), Coordenadora Técnica do Programa de SAN do Bahia Produtiva, pesquisadora dos alimentos da biodiversidade brasileira e das PANC, Autora do livro Nutrição Funcional, Agroecologia e Sustentabilidade.
Marília Emília Pacheco (moderação) – Antropóloga, assessora da FASE - Solidariedade e Educação, integrante dos núcleos executivos da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN).
Neste show, Chico Nogueira apresenta canções do seu primeiro álbum solo, além de músicas que representam seu universo de inspiração como o Cerrado e a cultura popular do Centro-Oeste do Brasil, acompanhado por Fernando no violão e Chiquinho na percussão.
Chico Nogueira é de Taubaté, SP, mas construiu boa parte da sua trajetória artística no Centro Oeste do Brasil. Músico autodidata, participou, juntamente com Brás da Viola, da criação da primeira orquestra de viola caipira do país, em 1991. Em 1999 tocou com a Cia. Carroça de Mamulengos, e em 2000, criou o grupo Mambembrincantes. Com este grupo, cantou, tocou, arranjou, compôs a maior parte das músicas e produziu seus quatro discos. Chico participou de filmes e documentários nacionais, é autor de espetáculo de teatro de mamulengos, coordenou projetos, dirigiu espetáculos e se apresentou em diferentes lugares do país e fora dele. Em 2016 lançou seu primeiro álbum solo, Chico Nogueira Viola e Vós. Atualmente é jurado do programa Seja você do SBT no interior de São Paulo, dá aulas de viola caipira, e de teatro de rua no Distrito Federal.
Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade do Pantanal, bioma rico, localizado em uma região de fronteira, onde nasce uma comida única, da simbiose com diferentes culturas.
Caju, guavira, queijo nicola, carne orgânica do Pantanal, cumbaru e farinha de Anastácio são o foco da oficina. Nela, o cozinheiro Paulo Machado, fundador do Instituto Paulo Machado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul e autor do livro Cozinha Pantaneira, demonstra como preparar um macarrão de comitiva diferente, substituindo a carne seca pela polpa de caju, que tem textura e sabor incríveis. Em seguida, participa de uma conversa com Jairo Arruda, presidente da cooperativa Copran, constituída por migrantes nordestinos que cultivam mandioca e fabricam a tradicional farinha de Anastácio, que figura na Arca do Gosto Slow Food. O bate-papo conta ainda com a mediação da jornalista Sara Campos, da Cajuí Comunicação Digital. A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar do bioma pantaneiro.
Paulo Machado – Mestre em hospitalidade, criador do Instituto Paulo Machado e autor do livro Cozinha Pantaneira. Paulo Machado é defensor da cozinha pantaneira de raiz e realiza o FoodSafaris desde 2010, expedições gastronômicas que proporcionam experiências culturais em diferentes países. O cozinheiro é membro da Aliança dos Cozinheiros Slow Food e vencedor do prêmio Dólmã 2015.
Jairo Arruda – Agricultor familiar e militante do movimento cooperativista da agricultura familiar, começou seu trabalho aos 22 anos ao ingressar na recém fundada cooperativa da Colônia Pulador, em Anastácio, Mato Grosso do Sul. Participa de diversos movimentos que defendem pautas como economia solidária, agroecologia, cultura das casas de farinha e movimentos como o Slow Food, ligados à produção de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos.
Sara Campos (moderação) – Jornalista pós-graduada em Comunicação Jornalística pela Cásper Líbero, em São Paulo. Iniciou o trabalho como voluntária do movimento Slow Food em 2014 e atualmente gerencia os projetos da Cajuí Comunicação Digital, empresa focada em comunicação para a agricultura familiar. Sara também integra o GT Comunicação do Slow Food Brasil e atualmente é assessora de imprensa do evento Terra Madre Brasil.
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O Slow Food Brasil Educação convida toda a família pra colocar a mão na massa na cozinha e preparar uma delícia a partir do aproveitamento integral dos alimentos. A cozinheira e educadora Adriana Vernacci, que possui ampla vivência com alimentos e universo infantil, recebe um convidado surpresa para dividir essa divertida e saborosa aventura para todas as idades!
Adriana Vernacci – Gastróloga, educadora alimentar e proprietária do espaço Saudável Mente em São Paulo. É membro do GT Slow Food Brasil Educação onde se dedica também a pensar práticas educativas lúdicas e afetivas que envolvam crianças e adolescentes e valorizem o alimento bom, limpo e justo, o aproveitamento integral dos alimentos e as riquesas da biodiversidade local.
Phillipe Belletini – Ecogastrônomo, cozinheiro, educador e ativista do Movimento Slow Food desde 2008. Atua na valorização dos produtos regionais, saberes e sabores tradicionais, e trabalha com o ciclo natural dos alimentos, desde o plantio ao aproveitamento integral.
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Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade do bioma Amazônia, conjunto de ecossistemas que abriga a maior biodiversidade do planeta.
Peixe de rio, farinha de carimã, farinha bragantina, jambu, tucupi, cubiu, tucumã e açaí são o foco da oficina. Nela, o cozinheiro e cofundador do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá Carlos Ruffeil, demonstra como preparar o pyra (peixe em tupi) que serve diariamente no Iacitatá, feito com com farinha de carimã e na gordura de porco. Para acompanhar: pirão de farinha d'água bragantina, maniçoba moqueada preparada a lenha e com técnicas de moquém pelas mulheres do Slow Food Comunidade Chicano, tacacarana, arroz e salada Iacitatá, feita com os vegetais da época e também servida diariamente em sua cozinha. Em seguida, participa de uma conversa com José Sebastião Romano, professor, pesquisador, agricultor familiar e co-fundador da Cooperativa D’Irituia, mediado pela comunicadora popular Juliana Araujo. A atividade será pré-gravada e aproxima o público da cultura alimentar amazônica e dos desafios enfrentados pelos povos da floresta, na defesa de territórios ameaçados pela grilagem.
Carlos Ruffeil – Chef profissional desde 2014, é um dos membros fundadores do Ponto de Cultura Alimentar Iacitatá e sub-comandante da cozinha que chama de “revolucionária”. Nela não entram produtos processados, mas sim os alimentos 100% de base comunitária. Para o cozinheiro, a relação com os alimentos vai muito além de rótulos e certificados, mas sim como uma construção de confiança com os agricultores em seus processos bons, limpos e justos de produção.
José Romano – Também conhecido por professor Zezinho Romano, é agricultor familiar, possui graduação em geografia pela Universidade Federal do Pará (UFPA), mestrado em Agriculturas Amazônicas pela mesma Universidade e doutorado em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), onde leciona e realiza pesquisas. É co-fundador da Cooperativa D’Irituia e atua em vertentes da agroecologia como sistemas agroflorestais, agroecossistemas, serviços ambientais e oleaginosas.
Juliana Araújo (moderação) – Paraense, comunicadora popular e cozinheira em constante aprendizado. Formada em jornalismo na Universidade Federal do Pará (UFPA) e especialista em gastronomia pela Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo, na Itália, atua como membra do Convívio Amazônia do Slow Food Brasil e trabalha em parceria com o Instituto Iacitatá, em Belém do Pará.
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Esta roda de conversa, mediada pela equipe do projeto “Slow Food na Defesa da Sociobiodiversidade e Cultura Alimentar Baiana” (SDR/CAR - FIDA/Pró-Semiárido - Associação Slow Food do Brasil), objetiva fortalecer a rede de Fortalezas Slow Food da Bahia. As Fortalezas fazem parte de um programa promovido pelo Slow Food, liderado por coletivos de agricultoras e agricultores, que visa o desenvolvimento territorial a partir da conservação de alimentos, valorização de técnicas tradicionais e salvaguarda de ecossistemas ameaçados. Com participação de seis Fortalezas existentes e uma em fase de articulação, o encontro promove o compartilhamento de experiências, entre os grupos e para a audiência geral, sobre o trabalho coletivo e de base (organização social, associativismo e cooperativismo) a partir de alimentos da sociobiodiversidade.
Mara Oliveira – Agricultora membra da Fortaleza do Cacau Cabruca. Residente do Acampamento Dois Riachões (Ibirapitanga) e faz parte do Movimento de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas do Estado da Bahia (CETA). Com seu trabalho se articula com a Rede de Agroecologia Povos da Mata.
Cosme de Souza – Integrante da comunidade Brejo Dois Irmãos, município de Pilão Arcado, atualmente preside a Associação Comunitária Beneficente Brejo Dois Irmãos Pilão Arcado (ABDIPA) e participa do processo de consolidação da Fortaleza do Buriti de Pilão Arcado.
Davi das Mercês – Residente no município de São José do Jacuípe, trabalha como agente comunitário de apicultura e meliponicultura pela a Cooperativa de Produção da região do Piemonte da Diamantina, Coopes. Formado em tecnologia de apicultura e meliponicultura experimental pela universidade de Taubaté, Unitau. Integrante das Fortalezas da Abelha Mandaçaia-da-Caatinga e do Licuri.
Advaldo Kiriri – Presidente da Associação Comunitária Kiriri de Santo André da Marcação, ACKISAM, reside na Aldeia Marcação, povo Kiriri. Integrante da Fortaleza da Mandioca Kiriri.
Jussara Dantas – Sócia fundadora da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (COOPERCUC). É membro do Slow Food, pertence às Fortalezas do Umbu e do Maracujá-da-Caatinga. É professora da rede municipal de Uauá, licenciada em geografia e pedagogia, mestranda em Dinâmicas de Desenvolvimento do Semiárido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).
Cesar Maynart Graduado em Engenharia Agrônoma e pós-graduado em planejamento e desenvolvimento rural, coordenador do projeto Pró-Semiárido. Tem experiência na gestão de projetos internacionais de apoio à agricultura familiar e ao meio rural. Coordenou projetos de agências multilaterais como BIRD e BID.
Hardi Vieira – Oficial de Programas do FIDA no Brasil desde 2011. Antes disso, trabalhou como Economista na sede do Common Fund for Commodities (CFC), na Holanda. Hardi tem mestrado em Economia do Desenvolvimento da Bradford University na Inglaterra, especialização em comércio internacional pela Universidade do Chile, e graduação em Relações Internacionais da Universidade de Brasília.
Revecca Cazenave Tapie – Mestre em Ciências Humanas e Sociais - menção Turismo, alimento e hospitalidade pela Université de Toulouse. Consultora para atividades agrícolas e não-agrícolas em espaços rurais. Facilitadora Slow Food Brasil da região Nordeste, colaboradora do projeto Empowering Indigenous Youth and their Communities to Defend and Promote their Food Heritage do Slow Food Internacional e FIDA com os povos indígenas Kiriri, de Banzaê. Pesquisadora em Ecogastronomia e do Gastroquinta no Semiárido.
Pedro Xavier da Silva (moderação) – Médico veterinário e doutor em administração. Especialista em redes agroalimentares alternativas, atua em projetos de pesquisa e extensão com foco cadeias agroalimentares curtas, economia solidária e agroecologia.
Esta roda de conversa, mediada pela equipe do projeto “Empoderamento de Jovens Indígenas e suas comunidades para a defesa e promoção do patrimônio alimentar ” (FIDA - Slow Food), apoiador do projeto, objetiva divulgar a experiências e resultados de ações articuladas com dois povos indígenas, os Kiriri (BA) e Sateré-Mawé (AM), entre 2017-2020. O projeto priorizou a formação de jovens indígenas na salvaguarda da biodiversidade local e da cultura alimentar, por meio de uma série de encontros de troca de experiência. No caso do povo indígena Kiriri, a formação tem contribuído para a gestão de conhecimento e sistematização do processo produtivo da farinha de mandioca e seus derivados num Protocolo de Produção. No caso dos Sateré-Mawé, as atividades têm contribuído para a inserção da produção agroecológica das comunidades indígenas no programa de alimentação escolar local.
Advaldo Kiriri – Presidente da Associação Comunitária Indígena Kiriri Santo André de Marcação (ACIKSAM). Participante do grupo jovem da Fortaleza da Farinha de Mandioca Kiriri.
Josibias Sateré-Mawé – Tuxaua da comunidade Ilha Michiles, no rio Marau, na Terra Indígena Andirá-Marau do povo Sateré-Mawé, no município de Maués, Amazonas. Há anos colabora com o Consórcio dos Produtores Sateré-Mawé (CPSM) e seu Sistema de Controle Interno (SCI) e com o desenvolvimento de projetos pelo Slow Food.
Sigliane Michiles – Jovem Sateré-Mawé da comunidade Ilha Michiles, do rio Marau, na Terra Indígena Andirá-Marau, do povo Sateré-Mawé, no município de Maués/Amazonas. É estudante do curso técnico integrado de Agroecologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), campus Maués.
Adriana Kiriri – Jovem da etnia Kiriri, residente na Aldeia Indígena Marcação. Faz parte da Associação Comunitária Indígena Santo André da Marcação, em que é vice-secretária. Atualmente faz parte da Fortaleza da Mandioca Kiriri.
Leonardo Bichara – Oficial de Programa de País do FIDA. Mestre e doutor em Economia pela University of Essex, Reino Unido, completou um programa de educação executiva em liderança na Harvard Business School, e possui qualificação CIPFA em contabilidade financeira. Como CPO, ele é responsável pela supervisão de empréstimos e concessões do FIDA e pelo apoio à implementação.
Claus Reiner – Diretor do FIDA no Brasil. Lidera os escritórios do FIDA em Salvador e em Brasília, sendo este também um Centro de Cooperação Sul-Sul e Triangular (CCST) para a América Latina e Caribe. É ponto focal para assuntos indígenas na região. Trabalhou como consultor autônomo especialista em economia para o desenvolvimento e finanças rurais, participando em diversas missões de desenho e apoio a projetos, principalmente na Ásia, Oriente Médio, Norte da África e África Subsaariana. De nacionalidade alemã, Claus possui mestrado em Desenvolvimento Agrícola Internacional e graduação em Ciências Agrícolas.
Revecca Cazenave Tapie (moderação) – Mestre em Ciências Humanas e Sociais - menção Turismo, alimento e hospitalidade pela Université de Toulouse. Consultora para atividades agrícolas e não-agrícolas em espaço rural. Facilitadora Slow Food Brasil da região Nordeste, colaboradora do projeto Empowering Indigenous Youth and their Communities to Defend and Promote their Food Heritage do Slow Food Internacional e FIDA com os povos indígenas Kiriri, de Banzaê/Bahia. Pesquisadora em Ecogastronomia e do Gastroquinta no Semiárido.
José Guedes (moderação) – Natalense, ecólogo pela UFRN e mestre em Ciências de Florestas Tropicais (INPA). Atua no projeto Empowering Indigenous Youth and their Communities to Defend and Promote their Food Heritage do Slow Food Internacional e FIDA com o povo Sateré-Mawé. Além disso, desenvolve mais dois projetos da Associação Slow Food do Brasil com a comunidade indígena em Maués, financiados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e pela Embaixada da Suíça no Brasil.
Alternativas de Manejo Agroecológico da Sociobiodiversidade, que conciliam saberes tradicionais e científicos com respeito aos ciclos naturais, vêm se destacando por permitir formas mais gentis de lidar com a terra promovendo a conservação da biodiversidade e da variabilidade genética. Na perspectiva agroecológica, se cuida da terra para colher vida, garantindo uma produção saudável para todos. Nessa conversa, termos a apresentação de três experiências de uso e manejo de recursos da sociobiodiversidade de diferentes regiões do Brasil.
Natal Magnanti – Possui graduação em Pedagogia e Agronomia, mestrado em Manejo do Solo (UDESC) e doutorado em Agroecossistemas pela UFSC. Atualmente é coordenador do Centro Vianei de Educação Popular, membro do Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF-UFSC) atuando no Grupo de pesquisa agroecologia e circuitos de comercialização de alimentos. Tem experiência em Agroecologia, atuando com agricultura familiar, agroecologia, sistemas agroflorestais, extrativismo, conservação pelo uso.
Marlene Borges – Marlene Borges, engenheira agrônoma, com mestrado em Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável. Ativista na defesa do meio ambiente e do patrimônio imaterial e alimentar. Também é pescadora, agricultora e metida a artesã, quituteira e brincante no grupo de boi de mamão da Comunidade Tradicional de Agricultores e Pescadores dos Areais da Ribanceira, onde nasceu e coordena vários projetos através ACORDI - Associação Comunitária Rural de Imbituba.
Eduardo Guimarães – Agrofloresteiro no Sul da Bahia, em 1992 fundou a Agrossilvicultura Cosme e Damião. No início dos anos 2000 coordenou o Projeto FASAMA Programa Terra Sol, do Ministério do Desenvolvimento Agrária, com ações nos assentamentos localizados em áreas de influência da Mata Atlântica, e o projeto “Reforma Agrária e Inclusão Social no Baixo Sul da Bahia”. Já prestou assessoria para Prefeitura de Maraú em ações desenvolvidas em Comunidades Quilombolas; a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza na elaboração da Política e do Plano Estadual de Segurança Alimentar e realizou trabalho de campo etnográfico no Quilombo do Empata Viagem, que culminou com a publicação do livro “Uma História Diferente do Cacau na Bahia”, em 2019.
Gabriel Menezes (moderação) – Empreendedor socioambiental, desde 2002 trabalha com economia solidária, incubação de empreendimentos populares e formação de arranjos produtivos. Há 15 anos trabalha no Instituto Auá, onde desde 2009 coordena a Rota do Cambuci e promove o Ecomercado da Mata Atlântica, reunindo pequenos agricultores e produtores artesanais e conectando com consumidores e apoiadores em geral.
O Slow Food no Filme é uma iniciativa de ativistas do movimento Slow Food Brasil que se apresenta como exibição de filmes acompanhada de debate, inspirados no Slow Food on Film, festival promovido pelo movimento, na Itália. Se concretiza em diversos formatos como sessões pontuais, seriadas e mostras, de fácil itinerância e replicabilidade. Busca a condição multidimensional da alimentação, da comida enquanto ato político, poético, ecológico, sociocultural, de saúde e subsistência, pensando em difundir e popularizar a interação entre o cinema e o cenário que ele retrata.
Sinopse do filme
Dois Riachões: Cacau e Liberdade
Este curta documental dirigido por Fellipe Abreu e Patrícia Moll apresenta a história do pré-assentamento Dois Riachões, que fica no Baixo Sul da Bahia. A comunidade produtora de cacau conseguiu conquistar terra, liberdade e independência financeira depois de viverem por gerações em situação análoga à escravidão. Através da Reforma Agrária, do resgate do sistema Cabruca e de capacitações em agroecologia por diversas instituições, entre elas o Slow Food Brasil, seus cerca de 150 moradores hoje plantam alimentos para a subsistência e produzem amêndoas de qualidade que são vendidas para grandes marcas. Em 2020, Dois Riachões comemorou a finalização da sua própria fábrica e em breve terão seu próprio chocolate.
Teresa Santiago – Camponesa, tecnóloga em agroecologia e militante do CETA - Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras, Acampados e Quilombolas do Estado da Bahia. É residente do Assentamento Dois Riachões e, além de se dedicar ao cultivo do cacau, compõe a Comissão de Educação, que abrange da educação infantil ao ensino superior. O assentamento localiza-se no município de Ibirapitanga e faz parte da Fortaleza de Cacau Cabruca do Sul da Bahia, uma parceria como movimento Slow Food.
Patrícia Moll – Jornalista, começou a trabalhar com gastronomia há 16 anos, ainda na faculdade, quando foi assistente do crítico Josimar Melo. Foi sócia da agência Coentro Comunica até 2019, onde ajudou uma série de bares e restaurantes a se tornarem reconhecidos e premiados. Foi assessora de imprensa do Slow Food Brasil por cinco anos. Neste período, ajudou a idealizar, produzir e divulgar eventos e festivais nos quais chefs eram convidados a criar receitas com ingredientes nativos ameaçados de extinção, da lista da Arca do Gosto. Hoje atua de forma autônoma com comunicação em diversas frentes, como consultoria de posicionamento, assessoria de imprensa estratégica e produção de textos e roteiros. É co-diretora do curta documental Fortaleza do Pinhão da Serra Catarinense e co-autora do livro Ceviche, do Pacífico para o Mundo, publicado pela Editora Senac.
Fellipe Abreu – Formado em Cinema, começou a carreira em 2009 como repórter cinematográfico na Rede Globo (RJ), onde trabalhou por três anos. Em 2012, foi selecionado para o Curso Abril de Jornalismo, em São Paulo, e trabalhou como repórter e fotógrafo na Editora Abril, antes de seguir a carreira independente. Com o projeto "Os impactos do tráfico de drogas e da exploração ilegal de madeira na fronteira entre Brasil e Peru", foi um dos bolsistas selecionados do programa “Drugs, Security and Democracy”, da Social Science Research Council. Hoje colabora para grandes jornais e revistas no Brasil e exterior e está envolvido na produção de reportagens e documentários sobre agricultura e alimentação no Brasil e na África. Em 2017 dirigiu e fotografou uma série de mini-documentários para o Slow Food Internacional em Uganda.
Alexandra Duarte (moderação) – Graduada em comunicação social pela Universidade Federal de Minas Gerais, é produtora e gestora cultural. Como jornalista freelancer produz conteúdo relacionado à alimentação, cultura e gastronomia, em parte, disponibilizados no blog "Assim ela já vai". Cozinheira e doceira por vocação, acredita que não há maior felicidade que sentar à mesa e compartilhar uma refeição com quem se ama.
Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade da Mata de Araucárias.
Pinhão, frutas alimentícias não convencionais e frutas nativas como araçá, uvaia e butiá e o sistema de criação agroecológica do porco moura, raça resgatada pela UFPR, e seu preparo, são o foco da oficina. Nela, a cozinheira e proprietária do restaurante Girassol, Rosane Radecki, ensina o preparo do porco moura acompanhado de quirera de milho criolo orgânico, moído na pedra. Em seguida, participa de uma conversa com a produtora rural Daniela Carneiro, especialista em Agroecologia e integrante da Rede Ecovida de Agroecologia e da Fortaleza do Pinhão da Serra Catarinense. A oficina conta ainda com a mediação de Giselle Miotto, educadora e facilitadora da rede Slow Food Brasil.
A atividade acontece online e proporciona uma oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar desse bioma.
Rosane Radecki – Formada pelo Centro Europeu no curso de chef de cozinha e restaurateur, comanda a cozinha do restaurante Girassol, na estrada que liga Curitiba ao interior do Paraná. Com influência cultural da comuna anarquista de Colônia Cecília, Rosane é defensora das riquezas gastronômicas de suas raízes e faz parte do movimento de resgate do porco Moura, com o intuito de valorizar o manejo da raça trazida pelos espanhóis durante a colonização.
Daniela Carneiro – Especialista em agroecologia pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e graduada em medicina veterinária pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Daniela é articuladora comunitária na Matakiterani Associação Cultural, produtora rural e gerente da Universina - Alimentos Saudáveis e Sustentáveis. É integrante da Rede Ecovida de Agroecologia e da Fortaleza do Pinhão do movimento Slow Food.
Giselle Miotto (moderação) – Graduada em educação do campo, é educadora e articuladora da Rede Catarinense dos Engenhos de Farinha desde 2016 pela OSC Cepagro. Desde 2016 atua como facilitadora do movimento Slow Food na região Sul, diretamente com o programa das Fortalezas Slow Food. Essa atuação pelo movimento a fez empreender em parceria com colegas do movimento o Espaço Tipiti, que busca por meio de eventos e compras coletivas a aproximação entre produtores e consumidores.
→ Confira a lista de ingredientes utilizada nesta oficina
Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade do Pampa, bioma cujo nome tem origem aimará e quéchua e significa “Planície”.
Ingredientes regionais como ovelha crioula, butiá e erva-mate e reflexões sobre as influências do processo migratório europeu na formação da cultura alimentar gaúcha são o foco principal dessa oficina. Nela, o cozinheiro Israel Dedéa, proprietário do restaurante Champenoise Bistrô em Pinto Bandeira e co-fundador do projeto Seiva - Agrofloresta, demonstra como preparar um espinhaço de ovelha crioula assado em forno a lenha com mostarda de butiá acompanhado de aipim em crosta de erva mate e farofa de pinhão. Em seguida, participa de uma conversa com Pery Marzullo e Heloiza Zuffo, agricultores e criadores de ovelhas crioulas, e Ariana Maia, produtora e co-fundadora da Caravana da erva-mate, produto turístico que proporciona uma vivência única em torno da cultura dessa erva que é símbolo da cultura do Rio Grande do Sul, com a mediação da jornalista Luíza Tavares.
A atividade acontece online e proporciona uma oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar desse bioma que se estende por diversos países da América do Sul e abrange grande parte do estado do Rio Grande do Sul.
Israel Dedéa – É cozinheiro, gestor ambiental e agricultor. Dedéa é chef-proprietário do Champenoise Bistrô, restaurante em Pinto Bandeira, Rio Grande do Sul. Também realiza o trabalho de ativismo no Slow Food Brasil atuando na Comunidade do Alimento dos Vinhos Naturais e na Aliança de Cozinheiros. O cozinheiro também é co-fundador do projeto Seiva - Agrofloresta.
Pery Mezullo – De Alegrete, Rio Grande do Sul, é produtor rural e agroecologista. Trabalha com regeneração de solos e pastagens além de ser criador de ovinos de raça crioula.
Heloiza Zuffo – É agricultora e artesã, nascida em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul. Seu trabalho tem foco na agricultura regenerativa, também conhecida como agricultura ecológica. Heloiza utiliza lã produzida pelo rebanho de ovelhas crioulas e além de outras fibras naturais que não impactam o meio ambiente.
Ariana Maia – Carioca, formada em Geografia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professora, produtora de erva-mate e membro do Conselho Fiscal do IBRAMATE (Instituto Brasileiro da Erva-mate). Em 2016 fundou a Inovamate, pequena indústria que comercializa produtos feitos com a árvore nativa da Mata Atlântica. Ariana é co-fundadora da Caravana da Erva-Mate, rota turística que proporciona uma vivência aos que desejam conhecer de perto a cultura da erva-mate.
Luíza Tavares (moderação) – Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e acadêmica de nutrição na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luíza é associada ao Slow Food Brasil desde 2016. Estuda desde o campo, à mesa e aos corpos, buscando uma abordagem sociológica da alimentação e do comer.
→ Confira a lista de ingredientes utilizada nesta oficina
Apresentação das diferenças entre os métodos industrial e artesanal de produção da cerveja, e desafios postos em termos de acesso aos ingredientes no Brasil, a partir de duas experiências de produção artesanal no estado da Bahia, a MinduBier e a Gravetero, cerveja artesanal de umbu, produzida pela Coopercuc. Na sequência bate-papo sobre consumo cervejas artesanais no Brasil com a especialista em mercado de bebidas Carol Oda, e por fim degustação comentada de duas cervejas artesanais, mediada pela sommelière e presidenta da Associação de Cervejeiros Artesanais - ACERVA da Bahia, Priscila Pessôa.
Gustavo Martins – É arquiteto, sommelier de cervejas e formado em Tecnologia Cervejeira pela Science of Beer Institute. Um dos pioneiros no movimento cervejeiro profissional baiano, Gustavo Martins iniciou nas panelas caseiras em 2014 como um hobby. Em pouco tempo tornou-se conhecido pela MinduIPA, carro-chefe da MinduBier. Em 2016 venceu o Concurso Bier Hub e produziu seu primeiro lote comercial. Desde então o especialista fomenta o mercado baiano e nacional com rótulos high end, receitas colaborativas com cervejarias brasileiras.
Dailson Santos – Residente no povoado Cajueiro, em Tucano, Bahia. É formado em Ciências Contábeis pela Universidade Norte do Paraná (Unopar), especialista em Controladoria pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e especialista em Gestão Estratégia de Políticas Públicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dailson é especialista em contabilidade eleitoral e prestação de contas de entidades sociais. Atualmente exerce o cargo de gestor de mercados privados da Coopercuc no município de Uauá, na Bahia.
Carol Oda – Gastrônoma, Carol Oda é professora de hospitalidade e gestão de atendimento em cursos livres, como Science of Beer, tendência em bebidas na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e atua como coordenadora e professora dos cursos de gestão de bares e gestão de vendas da Escola de Gestão em Negócios da Gastronomia (EGG). A especialista presta consultoria para implantação e restruturação de negócios e elaboração de carta de bebidas e é embaixadora do evento BCB São Paulo, voltado ao mercado de coquetelaria.
Priscila Pessôa (moderação) – Formada em ciências biológicas pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF) e gastronomia pela Universidade Estácio de Sá (campus Salvador). Priscila é pós-graduada em gastronomia regional brasileira pela Universidade Salvador e certificada pela Science of Beer Institute em gestão de leveduras, beer expert e sommelier de cervejas. Atualmente é instrutora e consultora de gastronomia e coordenadora de cursos do Science Of Beer na Bahia. Faz trabalhos em zitogastronomia, eventos cervejeiros, workshops, palestras, cartas de cervejas e cursos de gestão sensorial. Produz cerveja artesanal e atualmente é presidente da ACerva Baiana.
A culinária da Bahia tem uma sólida base africana. O dendê, algumas pimentas, o leite de coco e outros ingredientes, inseridos pelos africanos, contribuíram para uma nova forma de cozinhar e de comer. Com o tempo, formou-se uma culinária afro-baiana que mistura também elementos europeus de essência portuguesa. Inicia-se clandestinamente nas senzalas, segue para as cozinhas da Casa Grande, se mantém nos cultos ao orixás, e nos Quilombos essa culinária se consolida, respeitando suas diversas funcionalidades – alimentar o colonizador, os povos escravizados, fugitivos ou ainda os deuses. Com a abolição da escravidão essa comida migra para os espaços públicos através das mulheres negras libertas, que buscavam nas ruas de Salvador o seu sustento; uma nova dinâmica se apresentou na culinária e se mantém viva até os dias atuais. Para esta ocasião, abordaremos o que nasceu nos quilombos e nos terreiros e extrapolou as fronteiras de seus espaços fechados, se consolidando no ambiente externo - ruas, lares, bares e restaurantes da cidade de Salvador. Interessa-nos saber as causas que levam a uma controversa discussão sobre a culinária baiana e sua relação entre o sagrado e o profano, resultando por vezes em uma leitura preconceituosa da culinária afro-baiana dentro de um contexto religioso cristão.
Ana Célia Santos – Chef e empreendedora do ZanZiBar, restaurante e espaço cultural em Salvador que fomenta a gastronomia e a cultura local de origem africana. Seu trabalho com a gastronomia africana servida com um cardápio cultural extremamente selecionado, oferece aos seus frequentadores uma experiência única nos prazeres e sabores da Bahia.
Ieda de Matos – Sua história com a gastronomia é repleta de memórias afetivas e familiares, onde a comida era simples e muita coisa vinha da colheita do quintal. Da Bahia, se mudou para a capital paulista onde trabalhou em diversas outras profissões até decidir realizar seu antigo sonho de viver entre panelas. Profissionalizou-se, fez estágios na Bélgica e, quando voltou ao Brasil, resolveu investir na comida de rua. Deu vida ao Bocapiu, em que serviu receitas nordestinas por três anos. Após esse período ela decidiu abrir um ponto fixo, destinado a servir os sabores de sua terra natal, a Chapada Diamantina. Ali, traduz o sabor da sua memória em receitas pensadas com afeto e carinho.
Wallace Aguiar (moderação) – Baiano, engenheiro agrônomo. É assistente territorial do projeto Bahia Produtiva atuando no território Baixo Sul
A presença das folhas, das ervas e da comida ganham significado espiritual no terreiro. As religiões de matriz africana ressignificam a relação com a natureza e nos apontam caminhos para entender o papel dessa cosmovisão na constituição de uma comida apropriada e situada culturalmente. Essa mesa pretende compartilhar saberes e abordagens a partir de experiências simbólicas nos terreiros, nossos verdadeiros terroirs.
Vanda Jovelino – Quilombola da comunidade do Kaonge, da Bacia do Iguape, Ialorixá do terreiro de Umbanda ‘21 Aldeia de Mar e Terra’.
Solange Borges – Empreendedora, lidera, entre outros projetos de turismo cultural e base agroecológica, o Culinária de Terreiro e o resgate do dendê feito no pilão e no fogão a lenha. Conduz projetos de desenvolvimento econômico na agrovila Pinhão Manso, no modelo de gestão e liderança compartilhada, que dá vida e sustento a 28 famílias. Se orienta espiritualmente nas crenças do candomblé. E é do aprendizado de tantas culturas e nações desta raiz que nutre seu trabalho de saberes e sabores ancestrais, buscando promover em sua comunidade o crescimento e o bem-estar espiritual, social e econômico.
Elmo Alves Silva – Chefe de cozinha, Historiador Especialista em Estudos Culturais, Histórias e Linguagens, com ênfase em história da Alimentação, Professor e pesquisador da cozinha baiana UNIFACS- LAUREN. Atuou como Coordenador de Ações Educativas do Museu de Gastronomia Baiana (SENAC) e subcoordenador de Cozinha do CEH-PEL. É Bàbalorisá do Ilè Asé Tolorí Jàgún.
Anderson Carvalho (moderação) – Nutricionista, professor universitário e pesquisador social nas áreas de cultura, alimentação e gastronomia, além de gestor em educação superior. Integrante do Slow Food como porta-voz da Comunidade Slow Food Alguidá Salvador, atua em redes de cooperação técnico-política em torno da segurança alimentar e nutricional, de práticas e culturas alimentares entre grupos tradicionais e/ou invisibilizados pelo Estado.
As mulheres negras resguardam um saber culinário que se confunde com a trajetória própria de uma comida que nasce no seio da Diáspora. Constituições das diferentes culturas negras se fundem à mística que a comida preparada e comercializada sobretudo por mulheres promove. Essa mesa nos permite pensar, a partir dos ofícios do fazer culinário feminino negro, sobre como a comida diaspórica resiste nas cozinhas e nas ruas e conecta pessoas e histórias.
Jucilene Jovelino – Marisqueira, professora, coordenadora do Núcleo de Mulheres Quilombolas do Vale do Iguape, membro do Conselho Quilombola da Bacia e Vale do Iguape, e do Núcleo de Desenvolvimento Quilombola do território do Recôncavo.
Rita Santos – Profissional de Administração, é atual coordenadora nacional da Associação das Baianas de Acarajé Mingaus Receptivos e Similares (ABAM), e faz parte do Conselho Municipal da Comunidade Negra – CMCN, Conselho Nacional de Políticas Culturais CNPC, Conselho Gestor de Salvaguarda do Ofício das Baianas. Participou do Terra Madre Salone del Gusto, em 2014, em Turim/Itália.
Marivalda de Jesus Pereira – produtora rural da comunidade da Fazenda Santa Sofia, em Nazaré das Farinhas/BA. Produz farinhas, beijus e participa de feiras de agricultura familiar.
Maria Conceição de Oliveira (moderação) – Passou boa parte da sua vida profissional atuando na Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Se graduou em Gastronomia e pós-graduou em Gastronomia, História e Cultura. Possui uma ligação ancestral com a comida, que começou ouvindo as histórias das mulheres negras na cozinha. Seu processo se intensificou ao procurar cadernos de receitas se sua família, de forte cultura oral. Ao entrevistar mulheres negras do seu convívio e estabelecer o recorte de pesquisa por mulheres nascidas no início do séc XX, descobriu que a identidade negra está nas panelas. Dessa pesquisa se originou o livro ainda não publicado As mulheres das Colheres de Pau. Hoje, pesquisa a cozinha afrobrasileira e africana em diferentes vertentes.
Nesta apresentação, realizada ao vivo e exclusivamente para o Terra Madre Brasil em 14 de novembro de 2020, o Bloco Afro Bankoma e o Terreiro São Jorge Filho da Goméia mostram ao público um pouco dos elementos culturais que constituem a sua história e sua identidade. No repertório, canções representativas dos seus 20 anos de percurso, luta e resistência. Durante a exibição, participantes do bloco e do terreiro estarão presentes, interagindo com o público pelo canal do Slow Food Brasil no Youtube.
Bloco Afro Bankoma – Nasceu das oficinas abertas de arte-educação e economia solidária oferecidas no Terreiro São Jorge Filho da Goméia, na comunidade do Portão, bairro de maioria negra situada no município de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Em bantu, Bankoma quer dizer povo em festa e do desejo de expressar para muito além daquele território o que era produzido ali, em 2000, a agremiação estreou no carnaval de Lauro de Freitas e, no ano seguinte, no carnaval de Salvador. Atualmente, alguns desses jovens participantes das oficinas integram a banda Bankoma e a ala de dança do bloco. Desde sua fundação, em 1948, por Mãe Mirinha de Portão, o Terreiro São Jorge Filho da Goméia é um espaço de encontro e fortalecimento da comunidade. Com sua sucessora, Mameto Kamurici Mãe Lúcia, em 1995, formalizou-se em uma associação e passou a estabelecer ações em parceria com órgãos públicos nas frentes de dança, música, museu comunitário, biblioteca, tecelagem, culinária, inclusão digital de cidadania e estética para crianças, jovens e adultos. No ano de 2003 o Terreiro São Jorge Filho da Goméia foi tombado como patrimônio material e imaterial pelo Instituto do Patrimônio do Estado da Bahia.
Aula de cozinha e bate-papo com foco na sociobiodiversidade do Bioma Mangue e reflexões a respeito do consumo consciente de pescados.
Peixes e mariscos dos manguezais da Baía de Todos os Santos, e o movimento Slow Fish, são o foco da oficina. Nela o cozinheiro Fabrício Lemos, dono dos restaurantes Origem e Ori junto com Lisiane Arouca, em Salvador-BA, demonstra como preparar um carapeba com beurre blanc de maracujá, acompanhado de farofa de cuscuz com aratu e licuri.
Em seguida, participa de uma conversa com Deda, marisqueira e presidenta da Cooperativa Repescar, localizada na ilha de Itaparica, que reúne 400 famílias em torno de práticas sustentáveis na captura de mariscos, e o Zeca, engenheiro de pesca com mais de 20 anos de trabalho junto a comunidades pesqueiras no Nordeste do Brasil que atua na Repescar.
O bate-papo conta ainda com a mediação do cozinheiro e ativista do GT Slow Fish/Pesca Artesanal Caco Marinho.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar da Baía de Todos os Santos.
Fabrício Lemos – Formado pela Le Cordon Bleu, o cozinheiro soteropolitano começou a jornada em cozinhas profissionais dos Estados Unidos, onde morou por 14 anos. Durante este período passou por hotéis como o Ritz Carlton, onde teve a primeira oportunidade de liderar uma cozinha. Em 2010, retornou ao Brasil onde passou por restaurantes de renome como o Amado, em Salvador. Já em 2016 abriu com a chef confeiteira e esposa, Lisiane Arouca, o restaurante Origem. Em 2018 foi a vez de inaugurar o restaurante ORI e, em janeiro deste ano, o Minibar GEM, ambos com menu composto por ingredientes da agricultura familiar.
Zeca Bezerra – Engenheiro de pesca com mais de 20 anos de trabalho junto a comunidades pesqueiras no Nordeste do Brasil e na Cooperativa Repescar, desenvolve ações para melhoria da gestão e acesso ao mercado no projeto da Aliança Produtiva Territorial de pescados na BTS. Seu trabalho tem como abordagem organizar e fortalecer uma rede de entidades pesqueiras para atuar em sinergia na cadeia produtiva da pesca artesanal regional.
Deda Santana – Marisqueira de profissão, mulher, mãe, avó e nativa da comunidade de Baiacu na Ilha de Itaparica, na Bahia. Atualmente preside a Cooperativa Repescar, que realiza um trabalho com marisqueiras e pescadores da Baía de Todos os Santos lutando por melhores condições para o ofício da pesca artesanal.
Caco Marinho (moderação) – Paulistano por nascimento e baiano por opção, é chef e proprietário de restaurantes soteropolitanos desde 2007. Ativista do movimento Slow Food desde 2012, integra a Aliança dos Cozinheiros e os GT´s Slow Meat e Slow Fish. Em 2018 fundou o Instituto Ori, com a finalidade de intensificar trabalhos visando a garantia do alimento de qualidade para todos. Caco desenvolve por meio da ecogastronomia e do turismo gastronômico o fortalecimento econômico e social da Bahia.
→ Confira a lista de ingredientes utilizada nesta oficina
Essa oficina faz parte da programação especial em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Nela a cozinheira Bel Coelho, do premiado restaurante Clandestino e apresentadora do programa Receita de Viagem (TLC Discovery) dialoga com o Cesar Mendes, produtor de chocolate de origem amazônica De Mendes e ativista Slow Food no Pará e Luciano da Silva, do Assentamento Dois Riaçhões, que integra a Fortaleza do Cacau Cabruca do Sul da Bahia. Depois de uma contextualização sobre a produção de cacau e chocolate de origem no Brasil, seguirá um bate papo descontraído, levando o público a refletir sobre os aspectos socioambientais ligados à produção e consumo de chocolate. Durante a oficina, o público será convidado a degustar o chocolate que estará disponível com antecedência para compra pela plataforma do evento.
César de Mendes – Conhecido como De Mendes, macapaense, cresceu e se formou em Belém-PA. É graduado em Química Industrial, Engenharia Química e Licenciatura em Química. Possui diversas especiializações e dois mestrados, tendo atuado na pesquisa e docência em diversas instituições. Em 1998 fez um redirecionamento na sua carreira quando decidiu fazer consultorias. Em 2005 resolveu empreender na indústria de chocolates. Em 2013 decidiu mudar o foco da sua atividade de Chocolatier e começou a produzir chocolates utilizando cacau nativo da Amazônia em parceria com comunidades tradicionais. Hoje é palestrante e estudioso atento da Amazônia, onde faz imersões e estudos junto com as comunidades tradicionais.
Luciano Ferreira – Agricultor agroecológico e técnico em agricultura sustentável, vive no assentamento de reforma agrária Dois Riachões (localizado no município de Ibirapitanga, sul da Bahia) pertencente ao Movimento de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (CETA). É também membro da Rede de Agroecologia Povos da Mata (Rede de Agroecologia Povos da Mata) e integrante da Fortaleza Slow Food do Cacau Cabruca do Sul da Bahia.
Bel Coelho (moderação) – Premiada chef do Clandestino, Bel Coelho Catering e apresentadora do Receita de Viagem (TLC Discovery), Bel descobriu cedo sua vocação. De uma família de apreciadores da gastronomia, tem em sua memória afetiva uma forte ligação com a cozinha e com seus sabores. Formada pelo Culinary Institute of America (CIA), Bel é defensora da agroecologia e de cadeias socialmente e ecologicamente “limpas”, justas e sustentáveis, os ideais e princípios da chef estão presentes em todas as etapas de seu trabalho. Usando ingredientes orgânicos, naturais, nativos brasileiros e sazonais, a chef constrói menus personalizados, cuidadosamente criados com exclusividade para cada ocasião.
Apresentação das diferenças entre os métodos industriais, artesanais e naturais de produção, e sensibilização sobre os desafios postos pela legislação atual para produção de vinhos naturais no Brasil, a partir da experiência de Marina Santos, enóloga e produtora de vinhos naturais em Pinto Bandeira/RS, e Marina Gallian, engenheira agrônoma e também produtora de vinhos naturais em Bento Gonçalves/RS, seguida de contextualização sobre consumo vinhos naturais no Brasil, e por fim degustação comentada de dois vinhos naturais, mediada pela sommelière Gabriela Monteleone.
Mariana Gallian – Formada em engenharia agronômica pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) em Botucatu, iniciou o projeto do sítio em Bento Gonçalves em 2014, com proposta de manejo orgânico. Posteriormente iniciou a produção de vinhos biodinâmicas. Para Marina, a produção do vinho natural é sinônimo de valorização cultural que ultrapassa 100 anos de história.
Em 2018 iniciou a produção de vinho. Em sua concepção a intervenção humana deve ser benéfica ou, quando possível, não existir, como no caso do vinho natural. Produzir vinho natural a partir das uvas que cultiva no sítio é para ela dar valor ao que lá já está a mais de 100 anos.
Marina Santos – Com graduação em viticultura e enologia, é pós-graduada em agroecologia e viticultura. Através da agricultura familiar e dos métodos ancestrais de vinificação que encontrou um caminho possível frente aos métodos atuais de produção. Junto com sua família possui uma propriedade biodinâmica formada por vinhedos, agrofloresta, hortas e ervas aromáticas. Desta propriedade saem os vinhos da Vinha Unna, elaborados por métodos ancestrais e naturais de vinificação onde o único produto utilizado na produção do vinho é a uva.
Gabriela Monteleone (moderação) – Gastrônoma pela Universidade Anhembi Morumbi, Gabriela Monteleone atua como sommelier profissional certificada pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS-SP). É professora dos profissionais em formação na mesma instituição além de ser responsável pela educação e comunicação da região francesa do Loire pelo órgão da União Europeia Interloire e BIVC, como embaixadora do vinho de Loire na América do Sul. É idealizadora do projeto “Tão Longe, tão perto”, que promove degustações virtuais para fortalecer a cadeia de consumo de vinhos através de conversas e aulas com produtores de vinho.
Obesidade, desnutrição, colapso climático e a pandemia do novo coronavírus não são apenas grandes problemas de nosso tempo, mas são consequências de um sistema focado na mercantilização da natureza e dos alimentos em nome do mercado. Nesta conversa buscamos trazer reflexões sobre grandes problemáticas globais que comprometem nosso futuro.
Elisabetta Recine – Docente da Universidade de Brasília, onde integra o Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (OPSAN/UnB). Integrante de diversos coletivos: Núcleo Nacional da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, Grupo Coordenador do GT de Alimentação e Nutrição da Abrasco, Comissão Organizadora da Conferência Popular pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. Fala: Fome, Obesidade e Crise Climática compartilham um determinante comum - os sistemas alimentares predominantes. Enfrentar estes desafios requer ações articuladas que incidam simultaneamente na mudança de paradigma para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis.
Soledad Barrutti – Jornalista e escritora argentina, é autora dos livros Malcomidos: cómo la industria alimentaria argentina nos está matando (Planeta, 2013) e Mala leche: por qué la comida ultraprocesada nos enferma desde chicos (Planeta, 2018). Atualmente encabeça o portal de jornalismo investigativo Bocado.lat, cobrindo as práticas e impactos da indústria alimentícia, tendo ressaltado os vínculos da criação industrial de animais para produção de carne com a emergência de pandemias, como a de covid-19.
Paulo Artaxo – Climatologista, é pesquisador e docente da Universidade de São Paulo (USP), membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Paulo é uma das principais referência internacional no estudo de aerossóis atmosféricos. Representa a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência no Conselho Diretor do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas – Rede CLIMA, e também do Comitê Científico Internacional do Programa de Grande Escala Biosfera-Atmosfera na Amazônia.
Marina Yamaoka (moderação) – Jornalista e mestra em desenvolvimento internacional com foco em políticas públicas e sistemas alimentares pelo Instituto de Estudos Políticos (Sciences Po-Paris). Atua como pesquisadora free-lancer do think tank IPES-Food e é responsável pela produção e roteiros do podcast Prato Cheio de O Joio e o Trigo, projeto de jornalismo investigativo sobre alimentação. Como especialista de comunicação apoiou diversas organizações do terceiro setor em pautas socioambientais, entra elas o Greenpeace e o Instituto Socioambiental.
A pesca artesanal é uma atividade complexa do ponto de vista cultural e ecológico e, no entanto, é também vulnerável às crises ecológicas que afetam tanto zonas costeiras, como as águas interiores. No contexto nacional, sucessivos impactos ambientais têm atingido este setor, que luta para se manter enquanto atividade tradicional e de garantia da segurança alimentar de muitas comunidades. Nesta roda de conversa, diferentes atores da pesca artesanal irão relatar seus desafios e estratégias que o mantém resilientes.
Ari Pescador – Pescador, presidente da Colônia Z-06 Itapuã, Salvador/ Bahia. Engajado em muitos projetos em prol de benefícios sociais para a comunidade de pescadores e usuários da área náutica em Itapuã. Busca representatividade dos pescadores no setor público para trazer soluções a tantos desafios do setor e de questões ambientais. Em especial, após o desastre ambiental de derramamento de petróleo no Nordeste, Ari está muito envolvido em criar formas de apoio a outros pescadores para que possam manter seus ofícios.
Tatiana Cardoso – Caiçara, cientista social e educadora popular, atua em projetos e estudos sobre tradição, fortalecimento feminino e conservação ambiental. Moradora da comunidade da Enseada da Baleia, Ilha do Cardoso, Cananéia/SP, integrante do grupo das Mulheres Artesãs da Enseada da Baleia- MAE.
Alana Casagrande – ativista e representante do Slow Food Mata Atlântica no Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Marinha Pirajubaé de Florianópolis. Aprendiz dos saberes e fazeres tradicionais, bióloga, mestre em Desenvolvimento Rural e doutora em Agroecossistemas. Atua como professora no Instituto Federal de Santa Catarina – IFSC, Câmpus Garopaba.
Patrícia Sunye (moderação) – Graduada em Ciências Biológicas pela PUC/PR e doutorado em oceanografia pela Universidade da Bretanha, França. Atualmente é diretora do campus de Laguna da Universidade do Estado de Santa Catarina e professora de ictiologia e extensão pesqueira dos cursos de Ciências Biológicas e Engenharia de Pesca. Atua desde 1999 com recursos pesqueiros artesanais de Santa Catarina. É membro do movimento Slow Food e do Grupo de Trabalho Slow Fish desde 2016. É porta-voz da Comunidade Slow Food Terras de Anita.
Nessa roda de conversa, os participantes irão expor materiais e referências, possibilidades e olhares para a promoção da alimentação adequada e saudável em escolas. Irão discutir a importância da oferta de alimentos saudáveis, da educação alimentar e nutricional e do olhar integral para o contexto alimentar promovido nas escolas, na perspectiva da escola enquanto promotora de segurança alimentar e seu papel na formação de hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis.
Mariana Santarelli – Integrante do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN) e relatora para o Direito Humano à Alimentação da Plataforma DHESCA Brasil
Rafael Arantes – Nutricionista com graduação sanduíche pela Universidade de Brasília (UnB) e Queensland University of Technology (QUT), Austrália. Trabalhou como assessor em advocacy pela ACT Promoção da Saúde e como pesquisador do Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutricional (OPSAN/UnB). É Analista em Regulação do Programa de Alimentos do Idec.
Marina Vianna – Ama criar experiências de aprendizagem para encantar pessoas e transformar o mundo através da alimentação e dos sentidos. Bióloga, doutora em ecologia, com pesquisa em resiliência de sistemas alimentares em comunidades caiçaras. É membra do Slow Food Brasil Educação. Tem experiência com projetos e consultorias na área socioambiental e hoje conduz o @alimentociclo, um empreendimento socioeducativo que desenvolve cursos, oficinas e outras experiências em alimentação e educação.
Juliana Dias (moderação) – Mãe do Daniel, jornalista, doutora em Histórias das Ciências, das Técnicas e Epistemologia e mestra em Educação em Ciências e Saúde pela UFRJ. É Professora colaboradora do Programa de pós-graduação em Educação em Ciências e Saúde e pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Desigualdades na Educação e na Saúde (Gedes), do Instituto Nutes de Educação em Ciências e Saúde/UFRJ. Integra o Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN).
O território define nosso lugar no mundo e define como a cabeça pensa. Conecta a natureza, a política, a cultura e o alimento. Para este encontro, convidamos Ailton Krenak e Gilberto Gil a compartilharem seus pensamentos tendo, como fio condutor, o chão de onde pisam e os diferentes elementos que os tornam quem são.
Ailton Krenak – Ambientalista, escritor e grande liderança do movimento indígena brasileiro, Ailton nasceu e cresceu no território tradicional Krenak, localizado às margens do Rio Doce, em Minas Gerais. Na década de 1980 passou a dedicar-se exclusivamente ao movimento indígena, fundando, em 1985, o Núcleo de Cultura Indígena. Na Assembleia Constituinte de 1987 teve papel importante na pressão contra os retrocessos nos direitos dos povos indígenas, tendo pintado seu rosto com pasta de jenipapo enquanto discursava no plenário do Congresso Nacional. Participou da fundação da União das Nações Indígenas (UNI) e aderiu ao movimento Aliança dos Povos da Floresta, que reunia indígenas, ribeirinhos e seringueiros em torno da proposta de criação de reservas extrativistas. Mais tarde, retornou a Minas Gerais e a se dedicar ao Núcleo de Cultura Indígena, que desde 1998 realiza o Festival de Dança e Cultura Indígena, na Serra do Cipó. Muito respeitado no Brasil e no mundo, é autor de diversos livros e doutor honoris-causa pela Universidade Federal de Juíz de Fora.
Gilberto Gil – O cantor, multi-instrumentista e compositor baiano tem uma longa e consolidada carreira respeitada mundialmente, com mais de 50 discos lançados, 9 Grammys e participação em consagrados festivais nas Américas, África, Ásia, Europa e Oceania. Sua relação com a música começou ainda menino, na década de 1950, tocando acordeão e cantando o universo rural sertanejo do interior baiano. Na década de 1970, junto a artistas da música e de outras linguagens criou a Tropicália, movimento cultural brasileiro inspirado nas correntes artísticas da vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira, misturando manifestações tradicionais da nossa cultura com inovações radicais. Sua estética ainda reverbera em produções artísticas no Brasil e em outros países. Sempre implicado nas questões sociais, foi nomeado, em 2001, Embaixador da FAO contra a fome e, entre 2003 e 2008, foi Ministro da Cultura, com uma gestão reconhecida por implementar políticas invadoras que vão desde a criação dos Pontos de Cultura até o protagonismo do Brasil em fóruns, seminários e conferências mundo afora.
Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade da Mata Atlântica, bioma de floresta tropical que abrange a costa leste, sudeste e sul do Brasil.
Juçara, palmeira rainha da Mata Atlântica, é o foco da oficina. Nela, a cozinheira e consultora Ana Soares irá demonstrar receitas de sal e do açúcar usando seu fruto e coração (palmito). Em seguida, participa de uma conversa com Tamie Nezu, agricultura familiar agroecológica na comunidade tradicional caiçara do Sertão do Ubatumirim, com mediação da bióloga Kenia Barbosa, refletindo sobre a produção, consumo, cultura e percalços da juçara, sua valorização e a importância do resgate de sua simbologia.
A atividade acontece online e proporciona uma oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da riqueza da frutas nativas e da cultura alimentar da Mata Atlântica paulista.
Ana Soares – Cozinheira autodidata e consultora, cresceu em meio às massas no pastifício de seu pai. Sua relação com a cozinha vem assentada na memória da família italiana e suas referências gastronômicas, ampliadas nas viagens e na temporada em que viveu na França. É idealizadora da Mesa III Pastifício e Rotisseria, especializada em massas artesanais.
Tamie Nezu – Na graduação em biologia descobriu o potencial transformador da educação socio ambiental. Colocou em prática os conceitos da agrofloresta no Sítio das Palmeiras em Ubatuba, São Paulo. Atualmente é agricultora familiar agroecológica, cultiva hortaliças e trabalha com sistemas agroflorestais que têm como foco produtivo os frutos da palmeira juçara, processados para comercialização e trocas.
Kenia Bahr (moderação) – Bióloga especialista em manejo ambiental, trabalha há mais de dez anos com promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica através do uso sustentável da vegetação nativa, em especial pelos Povos e Comunidades Tradicionais. Ativista do movimento Slow Food, acredita na alimentação como ferramenta política e luta pelo resgate das culturas alimentares tradicionais e pelo alimento bom, limpo e justo para todas e todos.
Bate-papo sobre abelhas nativas e o movimento Slow Bees com apresentação de méis de diferentes regiões do Brasil e dicas de como usá-los em preparos gastronômicos.
Diversas espécies de abelhas nativas sem ferrão hoje são catalogados na Arca do Gosto e protegidas nas Comunidades e Fortalezas Slow Food. Nessa oficina, Salete e Benedito Uczai, guardiões das abelhas há 15 anos e sócios fundadores da Associação dos Meliponicultores de Mandirituba (AMAMEL-PR), e Rodrigo Bellora, cozinheiro, agricultor e proprietários dos restaurantes Valle Rústico,Guaraipo e Tubuna, participarão de um bate papo mediado pelo zootecnista e facilitador da rede Slow Food Brasil, Carlos Demeterco sobre as abelhas nativas sem ferrão e seus méis. A oficina contará com o compartilhamento de experiências de manejo das abelhas nativas sem ferrão, a importância vital da polinização das matas e da maioria das culturas alimentares, a prática diária de cuidado das abelhas e seu bem-estar, apresentação de méis de diferentes regiões e biomas brasileiros e seu uso na gastronomia.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o do universo dos méis de abelhas nativas.
Rodrigo Bellora – Chef de cozinha, agricultor e pesquisador, Rodrigo Bellora é natural de Bento Gonçalves. Líder local do movimento Slow Food, conduz a filosofia através dos restaurantes gaúchos assinados por ele,como o Valle Rústico, no Vale dos Vinhedos; o Guaraipo, em Farroupilha; e o Tubuna - Cultura Gastronômica, em Bento Gonçalves. Bellora também assina os menus do restaurante do Wood Hotel, em Gramado, e do restaurante Alma RS, em Cambará do Sul.
Salete Uczai – Trabalha há 15 anos na meliponicultura em Mandirituba, Paraná. O trabalho de Salete é referência em manejos racionais com abelhas nativas sem ferrão. É co-fundadora da Associação dos Meliponicultores de Mandirituba (AMAMEL).
Benedito Uczai – É co-fundador da Associação dos Meliponicultores de Mandirituba (AMAMEL) e trabalha há 15 anos com as abelhas nativas sem ferrão. Benedito também atua como instrutor técnico, orientando agricultores no manejo de mel.
Carlos Demeterco (moderação) – Curitibano, é graduado em zootecnia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em Agricultura no Trópico Úmido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Carlos é facilitador do Slow Food Brasil pela região Norte desde 2016. Atua há 10 anos diretamente com a agricultura familiar, com experiência de campo no litoral do Paraná e em grande parte do Estado do Amazonas, com foco em meliponicultura e atividades de culturas tradicionais.
Bate-papo sobre o Universo dos drinks e a produção de bebidas no Brasil.
Com o aumento do interesse pela coquetelaria, os produtores têm tido iniciativas interessantes para valorizar sabores e saberes locais, num ciclo virtuoso e pujante.
Nessa oficina, Andre Sá, responsável pela destilaria YVY e Agenor Maccari, da cachaçaria Porto Morretes e Cervejaria 277 batem um papo descontraído com mediação da jornalista, mixologista e pesquisadora de brasilidades Neli Pereira sobre a inserção das bebidas no ciclo do alimento bom, limpo e justo.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o do universo dos drinks e seus ingredientes.
Agenor Maccari – Professor, pesquisador, produtor e apaixonado por chimarrão, cerveja e cachaça. Doutor em tecnologia pós-colheita pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), mestre em tecnologia de alimentos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e engenheiro agrônomo também pela UFPR. É professor na área de tecnologia de alimentos e tecnologia de bebidas e sócio-proprietário da 277 Craft Beer, em Foz do Iguaçu, Paraná, e da Agroecológica Marumbi em Morretes, no mesmo Estado.
André Sá Fortes – A experiência em Londres influenciou o empresário mineiro a conhecer com mais propriedade a forma de produção de alguns dos melhores rótulos de gim do mundo. Lá conheceu Darren Rook, especialista no assunto e consultor na criação de diversas bebidas e destilarias pelo mundo. O encontro inspirou o surgimento da YVY Destilaria, uma linha bebidas inspiradas nos grandes rótulos do mundo, com referências, narrativas e ingredientes brasileiros.
Neli Pereira (moderação) – Jornalista, mixologista e pesquisadora de brasilidades. Como jornalista, atuou em veículos nacionais e internacionais, entre eles BBC de Londres e BandNews, ambos como apresentadora. Proprietária do Espaço Zebra, em São Paulo, que reúne arte e coquetelaria, Néli desenvolveu projetos e consultorias de bebidas para grandes marcas nacionais e internacionais. Mestre em Estudos Culturais Latino Americanos pela University of London, desenvolve pesquisa sobre a identidade cultural brasileira em diversas áreas, inclusive na coquetelaria.
Comida, natureza e sociedade estão interligadas e apontam para caminhos de inspiração e resiliência. Outros modos de viver e se organizar trazem aprendizados para a sociedade capitalista ocidental. Esta conversa é um convite à partilha de outros olhares, tendo a centralidade do alimento como premissa.
Jerá Guarani – Agricultora de sementes tradicionais e liderança do povo Guarani Mbya, da Terra Indígena Tenondé-Porã, localizada no extremo sul da cidade de São Paulo. Tem dedicado grandes esforços para a recuperação de variedades tradicionais Guarani com o surpreendente resultado de cerca de 50 tipos de batata-doce e 9 tipos de milhos sagrados, fortalecendo a identidade e a cultura alimentar da sua comunidade, com olhar especial para as crianças e jovens.
Tiganá Santana – Músico, poeta, tradutor e pesquisador, Tiganá Santana é, também, Professor Adjunto do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Prof. Milton Santos (IHAC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui Doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e é bacharel em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Suas investigações voltam-se, principalmente, para as linguagens, artes e cosmologias africanas, com ênfase em culturas bantu, estabelecendo-se os contrastes e cruzamentos entre tais chaves de pensamento, a encontrar-se com construções afrodiaspóricas, e aquelas provenientes de outras experiências culturais não ocidentais e ocidentais.
Frei Betto (moderação) – Frade dominicano e escritor, estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Autor de 69 livros, editados no Brasil e no exterior, ganhou em 1982 o Prêmio Jabuti, por seu livro de memórias Batismo de Sangue (Rocco). Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Em 2003 e 2004 atuou como Assessor Especial do Presidente da República e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero. Desde 2007 é membro do Conselho Consultivo da Comissão Justiça e Paz de São Paulo. É sócio fundador do Programa Todos pela Educação e assessor da FAO para Soberania Alimentar e Educação Nutricional.
A transição para novos paradigmas de economia, mais localizadas, justas e sustentáveis se afirmam cada dia mais como um desafio urgente e necessário em nosso tempo. A economia solidária e o turismo de base comunitária tem uma trajetória de construção social no Brasil que valida caminhos possíveis por um desenvolvimento territorial que gere prosperidade e não deixe de valorizar a vida. Nesta conversa, atores que vem se dedicando à promoção desta transição em territórios e campos diversos compartilham experiências inspiradoras, reflexões e desafios inerentes ao tema.
Jackson Baumann – Trabalha com produção agroecológica diversificada, com foco na produção de mel, temperos desidratados, e demais produtos agroecológicos para venda direta, em uma pequena propriedade em Santa Rosa de Lima, interior de Santa Catarina. Atua com agroturismo desde 1998, sendo sócio fundador da Associação de agroturismo Acolhida na Colônia. (Associação de agricultores familiares que desenvolve atividades de turismo nas propriedades rurais, compartilhando seus conhecimentos e modo de vida).
Fernando Rangel – Mineiro de BH, membro do Levante Slow Food e do Conselho Consultivo da ASFB. Agricultor guardião de sementes e fungicultor. Membro da Comissão de Agrobiodiversidade da AMAU (Articulação Metropolitana de Agricultura Urbana e Periurbana). Diretor Secretário da Associação Horizontes Agroecológicos (SPG/RMBH) e representante da mesma no Conselho Deliberativo da Rede Sisal, gestora da CAFA (Central de Abastecimento da Agricultura Familiar e Urbana de MG)
Nardelio Jacinto – Extrativista, agricultor familiar, sócio fundador da copabase, já foi presidente, é mobilizador comunitário, liderança do Distrito de Arinos chamado Igrejinha
Luís Carrazza (moderação) – Secretário Executivo da Central do Cerrado, vice presidente da Associação Slow Food Brasil, militante da Rede Cerrado, UNICAFES e do movimento agroecológico brasileiro. Atua na estruturação de negócios comunitários sustentáveis, com ênfase em associativismo e cooperativismo, comércio justo e economia solidária. Autor de vários livros sobre manejo e processamento de frutos do Cerrado, bem como orientações sobre gestão de associações e cooperativas, normas sanitárias, ambientais e fiscais para agroindústrias comunitárias, elaboração de projetos, entre outros.
Troca de experiências entre jovens lideranças de comunidades tradicionais do Brasil, dividindo com o público do Terra Madre reflexões sobre a motivação da juventude rural em seguir lutando pelos seus territórios, resguardando e renovando o conhecimento de seus antepassados e delineando novos caminhos e estratégias para a resiliência da cultura alimentar nessa era em que o ponteiro do relógio parece andar mais rápido que tempos atrás.
Mateus Tremembé – Jovem liderança indígena do povo Tremembé da Barra do Mundaú, Itapipoca, Ceará. Pescador Artesanal, agricultor familiar, educador popular pesquisador da Cultura alimentar Tremembé, estudante de Agronomia - UNILAB-CE e coordenador técnico do Projeto Cultura de Alimentar a aldeia na TI Tremembé.
Amaury Juruna – Pertencente ao povo indígena Juruna localizado na aldeia Boa Vista, km 30, no município de Vitória do Xingu, estado do Pará. Ativista desde muito jovem em movimentos sociais, tem ocupado muitos espaços de destaque, como governo e iniciativa privada. É morador da aldeia indígena Juruna e organiza atividades de Slow Food em sua região
Renata Peixe-Boi – Estudante de Tecnologia em Agroecologia (IFAM), membra da Comunidade Slow Food Manaus pela Soberania Alimentar da Amazônia. Atua dentro do movimento com Plantas Alimentícias Não Convencionais e fortalecimento da juventude rural e de comunidades tradicionais. Também faz parte da Rede Maniva de Agroecologia - REMA, apoiando a realização da feira de orgânicos.
Jerônimo Villas-Bôas (moderação) – Ecólogo e mestre em Gerenciamento Ambiental. É cofundador da Reenvolver, empresa com a missão de fortalecer cadeias produtivas e agregar valor a produtos da sociobiodiversidade. Atualmente ocupa o cargo de Secretário Geral da Associação Slow Food do Brasil. Desde 2015 é membro da Ashoka, uma rede internacional de empreendedores sociais.
Aparentemente sozinha no espaço. Aparentemente, não se engane. Solo é o novo show de Alessandra Leão, percussionista, cantora e compositora, nascida em Pernambuco. Solo é sobre origem, sobre caminho, sobre caminhar e sobretudo sobre não estar só.
No repertório, músicas do Nordeste do Brasil, tradicionais e de compositores como Odete de Pilar e Zé Neguinho do Coco. Cirandas, cocos, toré, pontos e chegança, além de algumas composições da artista.
A direção artística e de Alessandra Leão, direção musical em parceria com Caçapa e direção cênica de João Batista Júnior e roteiro assinado pelos três.
Alessandra Leão – Compositora, cantora e percussionista, nascida em Pernambuco. Grande admiradora e pesquisadora da cultura popular, foi uma das fundadoras da banda Comadre Fulozinha, banda de mulheres que cantavam e tocavam o cancioneiro popular nordestino. Em 2006 iniciou sua carreira solo e de lá, são oito álbuns lançados até o elogiado Macumbas e Catimbós, de 2019, indicado ao Grammy Latino. Nesses 20 anos de carreira, Alessandra atuou ao lado de diversos artistas e se apresentou pelo Brasil e pelo mundo. Hoje circula com shows de diferentes projetos e ministra aulas de canto e de ilú, tambor usado nos terreiros de Xangô e Jurema, em Pernambuco.
Aula de cozinha e bate-papo acerca da sociobiodiversidade do Cerrado, também conhecido como Savana Brasileira e segundo maior bioma do Brasil.
Frutos do cerrado como barú , jatobá , cajuzinho do Cerrado , mangaba , mamacadela , pequi , cagaita e pimenta de macaco são o foco da oficina. Nela, a educadora, cozinheira, e proprietária do restaurante Buriti Zen, Ana Paula Boquadi, demonstra como preparar um Brownie de jatobá com baru e sorvete de cajuzinho do Cerrado, utilizando os frutos do Cerrado da Madalena, extrativista que trabalha há 6 anos com a colheita de frutos do Cerrado brasileiro. Em seguida, Ana Paula e Madalena participam juntas de um bate-papo com a mediação da professora doutora Ana Paula Jacques.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o da cultura alimentar de uma desse Bioma.
Ana Paula Boquadi – Graduada em pedagogia pela Universidade de Brasília (UnB), atua desde 2009 com educação ambiental e na área de alimentação vegana livre de soja e de glúten. É chef de cozinha e proprietária do restaurante Buriti Zen, que oferece alimentação orgânica com o foco no uso diário de frutos do Cerrado no cardápio. Trabalha em parceria com comunidades agroextrativistas, realizando pesquisas e divulgando os alimentos da sociobiodiversidade.
Madalena Soares – Extrativista e técnica em agropecuária e agroindústria formada pelo Instituto Federal de Brasília (campus Planaltina). Há seis anos, trabalha com a coleta e beneficiamento de frutos do Cerrado como jatobá, cajuí, mangaba, mamacadela, pequi, cagaita, pimenta-de-macaco e baru - o último a tornou referência em extrativismo sustentável no Mercado da Agricultura Familiar da CEASA-DF .
Ana Paula Jacques (moderação) – Doutora em Desenvolvimento Sustentável e mestra em turismo. Gaúcha de nascimento e brasiliense de coração, há mais de duas décadas ‘fincou’ raízes no Cerrado onde se dedica à valorização dos produtos da sociobiodiversidade na gastronomia e no turismo como estratégia para o desenvolvimento sustentável da região. Atualmente é professora efetiva de gastronomia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB), idealizadora do food lab Comida pra Pensar e curadora do projeto Cerrado no Prato.
→ Confira a lista de ingredientes utilizada nesta oficina
Bate-papo sobre a produção e consumo de queijos de leite cru no Brasil e sobre o movimento em defesa dos Queijos Artesanais, com apresentação de produtos de diferentes regiões.
Apresentação do modo artesanal de fazer queijo de leite cru, a partir do trabalho desenvolvido pelo GT Slow Food Queijos Artesanais e das experiências dos produtores Luciano Carvalho Machado, produtor de queijo canastra em Minas Gerais, Francisco Nogueira Neto, produtor de queijo coalho de Jaguaribe no Ceará, e da produtora Lídia Zandona, de queijo colonial de Santa Catarina, integrante da Fortaleza do Queijo Colonial de Seara. Com este debate pretende-se sensibilizar o público para a importância deste patrimônio alimentar que representa o modo de vida de milhares de produtores/as de todo Brasil.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o do universo dos queijos de leite cru.
Lídia Zandona – Produtora de queijos desde a sua infância, quando ajudava os pais em Itá, Santa Catarina. Atualmente reside e produz queijos artesanais em sua propriedade em Seara, sempre preocupada com a saúde alimentar e a sustentabilidade local. Também trabalha como produtora de cachaça artesanal e atua com turismo rural na região.
Luciano Carvalho Machado – Mestre queijeiro de queijo minas artesanal Canastra, em Medeiros, na Serra da Canastra, Minas Gerais. Luciano trabalha com agricultura familiar há mais de 20 anos e de modo que a propriedade seja um organismo voltado para a sustentabilidade e o bem estar animal.Trabalha Emprega práticas agroecológicas procurando produzir um alimento limpo e seguro.
Francisco Nogueira Neto – Agricultor familiar, trabalha há 53 anos na produção de leite e queijo. Atualmente, ele e seus 5 filhos desenvolvem um trabalho de referência em agropecuária na região do Jaguaribe, Ceará, na produção de queijos de leite cru e em defesa da natureza.
Katia Karam (moderação) – Membra do GT Slow Food Queijos Artesanais, espaço onde compartilha o trabalho de salvaguarda da cultura, dos modos de vida e dos saberes envolvidos na produção dos queijos artesanais brasileiros e das tradições alimentares regionais.
A coquetelaria como veículo de transformação e fomento em todos os biomas do Brasil: os desafios e os resultados dessa relação.
Profissionais de seis biomas diferentes compartilham suas experiências e perspectivas dessa atuação, mediados pela professora e especialista em bebidas Isadinha Fornari. O bate-papo entre os participante é intercalado pelo preparo de drinks que utilizam alimentos catalogados na Arca do Gosto de cada bioma.
A atividade acontece online e proporciona oportunidade de bate-papo com o público, aproximando-o do universo dos drinks e seus ingredientes.
Caio Bonneau/Mata Atlântica – No bar há 16 anos, trabalhou em diferentes cidades do Brasil, mas ao se mudar para Ubatuba iniciou sua atuação com ingredientes da Mata Atlântica. Se apaixonou por animais e pessoas que vivem em harmonia com a mata. Escreve sobre o bioma para o site Mixology News e desenvolve sua marca de drinques engarrafados com ingredientes e bebidas da Mata Atlântica.
Yvens Penna/Amazônia – Natural de Belém do Pará e publicitário de formação. Apaixonou-se pela coquetelaria em 2010 após uma temporada de estudos em São Paulo. Manteve a paixão como hobby até 2019, quando trabalhou no bar Carnaval em Lima, no Peru. No retorno a Belém e abre o Muamba Bar, focado na coquetelaria da capital paraense.
Marcelo Pereira/Pampa – Iniciado no ramo de hotelaria no ano de 2014 em navio de cruzeiros como assistente de garçom, quando volta para Porto Alegre começa sua jornada atrás do balcão. Depois de muitas especializações, foi convidado para chefiar o bar Agulha de Porto Alegre. Pesquisador de bebidas e hábitos do brasileiro, é representante do bioma pampa entre os colunistas do projeto Biomas do Mixology News.
Maurício Campos/Caatinga – É empresário e membro do Slow Food em Fortaleza desde 2018. Trabalhou em todas as regiões do Brasil e foi professor do Senac Paraná e do curso de gastronomia da Unichristus. Atuou como consultor da Abrasel (CE), Associação dos Chefs de Cozinha do Ceará (ACC) e Movimento ODS. Recentemente se tornou colunista do Mixology News e parceiro de Projetos do FIDA - Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.
Roberto Merlin/Cerrado – Natural de São João da Boa Vista, São Paulo, formou-se em hotelaria na capital do Estado. Dentre as diversas funções e casas que atuou, acabou encontrou-se atrás do balcão. De volta para o interior, Merlin realiza eventos, treinamentos e consultoria para bares e restaurantes. Possui grande paixão em cultivar ingredientes e abraçar os pequenos produtores e o regionalismo brasileiro.
Fabio Hasegawa/Pantanal – Nascido no pantanal sul mato-grossense, foi durante seu trabalho como cozinheiro que descobriu sua paixão pelo bar. Há quase três anos gerencia o bar do grupo Território em Campo Grande. É colunista do bioma Pantanal no portal Mixology News tem trabalhado para representar seu território na coquetelaria nacional.
Isadora Fornari (moderação) – Apaixonada pelos sabores do Brasil, é professora e consultora de restaurantes ajudando a entregar o conceito dos estabelecimentos sempre ligando ingredientes e criatividade. Também é colunista de bebidas na revista Prazeres da Mesa e promove a coquetelaria nacional em articulações locais e internacionais.